domingo, 12 de abril de 2015

Halag (Prólogo)


Tempos ancestrais:
O jogo se passa em um mundo chamado Domon. Domon tem cinco continentes Qunchu, Udara, Delhkii, Ignis e Halag. De acordo com a crença comum, Domon teve tempos áureos em eras ancestrais quando havia uma única civilização que reinava sobre os cinco continentes, com paz, justiça, prosperidade e civilidade. A força dessa nação vinha da magia e ciência dadas a ela pelos deuses. Infelizmente esse mesmo poder, responsável pelo paradisíaco estilo de vida dos dômones ancestrais foi o que causou sua queda. Admirados com as suas capacidades, os dômones desafiaram os deuses e foram punidos: perderam o conhecimento que tinham, sofreram com pragas, cataclistas e bestas, foram dizimados e os poucos que sobreviveram tiveram que viver por séculos de trevas.

Tempos de trevas:
Não se sabe se realmente houve uma nação que governou Domon por completo, mas evidências mostram que de fato, no passado, houve uma civilização grande o suficiente para deixar rastros em quatro dos cinco continentes (Halag é uma zona perdida, ninguém sabe como é lá e todos que se aventuraram jamais retornaram). Os historiadores acreditam que provavelmente não havia paz completa, a prosperidade não devia ser igual para todos, nem igual a todo o tempo, mas de fato houve um império grande e poderoso que colapsou misteriosamente e após ele, Domon viveu por séculos mergulhado no caos. Os humanos, que hora dominaram o planeta com o império Domon viram-se tiranizados por diversos reinos de outras criaturas "racionais". A comida era escassa a fome e a exploração constante e a violência uma realidade diária.

Um despertar conturbado:
Os humanos só começaram a voltar ao domínio do planeta em tempos recentes. Houveram diversos conflitos de reunificação e algumas famílias nobres conseguiram criar grandes e prósperas nações humanas. Todavia todas elas almejavam recriar a glória do "império Domon", ou  a glória que acreditavam que tinha existido e com isso as grandes nações modernas acabaram entrando em uma grande guerra. A maior nação de Delhkii foi uma das primeiras a sucumbir: os gastos com a guerra foram tão grandes que o próprio povo virou inimigo do império e tratou de derrubar a aristocracia local. Nos saques às propriedades da nobreza, os rebeldes descobriram artefatos, pergaminhos e livros da época do império Domon. De início a maioria desses itens era destruído ou perdido, mas a liderança de um dos grupos rebeldes conseguiu ver potencial nesses elementos  e começou a reuni-los e estuda-los. Logo após a família regente "sumir", esse grupo rebelde, denominado Ulan Batar,  munidos de soldados com habilidades sobre-humanas, os Tam Nait, dominaram os outros grupos rebeldes e conseguiram repelir as nações estrangeiras invasoras e convence-las a assinar uma trégua.

Enquanto isso o imperio Udara (que de fato governava todo o continente) foi quase completamente conquistado pelas confederação de Ignis e em seguida "libertado" pela coalizão de Qunchu, que acabou por transformar Udara em "uma caixa de fantoches", estados fantoches". Qunchu por fim conseguiu vencer as nações de Ignis impondo duras sanções.

Os cavaleiros da morte:
O fim da guerra não trouxe nada perto da "unificação" desejada. a coalizão de Quinchu tinha problemas internos para resolver e limitou seu controle sobre Udara, que era um continente rico em recursos naturais. As nações de Ignis estavam falidas, algumas ofereceram vassalagem e submissão à Qunchu, outras à nova nação Ulan e algumas poucas formaram confederações pequenas.

Apesar de ter se retirado da guerra, Ulan também não estava tendo momentos fáceis. Os mesmos Tam Naits que garantiam a soberania da nação cobravam um terrível preço, este ferozmente escondido pelas autoridades de Ulan. Para suprir essa demanda, Ulan iniciou guerras que culminaram por unificar  quase completamente Delhkii, tendo dificuldades apenas em enfrentar o reino insular de Nar. Para efetuar essas conquistas Ulan criou mais Tam Naits e isso deixou ainda mais caro o "terrível preço" a ser pago.

Incapaz de conquistar Nar, Ulan começa a pressionar nações menores em Ignis. Frente a essa ameaça um grupo de místicos da nobreza do império Thal (a principal nação de Ignis), enviam expedições por toda Domus em buscas de material do antigo império Domon, essas expedições conseguiram grandes feitos, descobriram ruínas, inscrições, fizeram diversos levantamentos históricos e geográficos e conseguiram, juntamente com a marinha de Nar, bater o recorde de expedição que chegou mais perto de Halag e conseguiu retornar. Em posse de conhecimento ancestral Tahl e Nar conseguiram criar os Tenebrus Milis, supersoldados capazes de fazer frente aos Tam Naits.

Thal começou uma campanha de unificação em Ignis e rapidamente conseguiu erguer um império continental, Nar conseguiu tomar alguns reinos pequenos em Delhkii e Ulan logo se viu em face a dois inimigos poderosos. Ulan tinha vantagem de número, por décadas criando Tam Naits ela conseguia ter mais desse tipo de guerreiro que Thal e Nar juntas tinham de Tenebrus Milis, no entanto o conhecimento aplicado na criação dos Tenebrus e a força dos artefatos nas mãos de seus senhores faziam com que estes últimos fossem mais poderosos.

A guerra durou vários anos, Ulan quase foi conquistada. A criação e manutenção de Tenebrus Milis também cobrava um pesado preço e logo Thal e Nar acabaram por invadir Udara, forçando a coalizão de Qunchu a intervir na guerra. Qunchu não tinha nenhum tipo de supersoldado enfrentar os Tenebrus, mas conseguiram expulsar os invasores de Udara (usando a população desse continente como bucha de canhão). Em seguida passaram a ajudar os Ulan, inicialmente com recursos, atacando diretamente Nar e depois Thal. Nar sucumbiu relativamente rápido, Thal conseguiu resistir por mais tempo, pois concentrou todos os Tenebrus restantes em uma região montanhosa de onde, em um complexo de fortalezas seus líderes governavam.

Parecia impossível tomar essas montanhas sem grandes perdas e Ulan estava parecendo querer poupar seus Tam Naits.Em uma conferência realizada perto do final da guerra, Ulan propôs a criação de uma zona de cerco em volta das montanhas e deixar que seus "habitantes" morressem de fome. Qunchu no entanto disse que tinha a "resposta" para aquele problema e poucas semanas depois dessa conferência realizou um ataque violento contra as fortalezas das montanhas exibindo seu próprio supersoldado, os Saxmana Inca.

Não se sabe o que aconteceu com os líderes Thal, o império Qhispikay, a principal nação Qunchu, divulgou que os líderes haviam fugido, Ulan, que haviam se matado, boatos no entanto afirmam que eles se transforam em uma única criatura terrível que foi morta pelos cavaleiros Saxmana.

Batalha de gigantes:
Ulan que ainda contava com uma quantidade estupenda de Tam Naits ficou estarrecida com o surgimento dos Saxmana, que eram ainda mais poderosos que os Tenebrus. Ninguém soube de onde eles tiraram tal conhecimento, especula-se que o imperador de Qhispikay tenha enviado uma expedição secreta à Halag e essa expedição conseguiu retornar, mas essa hipótese é oficialmente vista como ridícula.

Com o fim da guerra, Ulan resolveu usar os artefatos que pilhou de Thal para fundir os Tenebrus com os Tam Naits e criar assim ter soldados que pudessem fazer frente aos Saxmana. Qunchu, mais precisamente  Qhispikay resolveu adotar outra tática: ciente do sacrifício exigido para ter esse tipo de guerreiro, o imperador mandou selar os poucos Saxmana existentes em uma montanha no coração de Qunchu. Em seguida ele passou a mandar emissários, estes compartilhavam um pouco do conhecimento ancestral com as nações fronteiriças à Ulan. Com isso essas nações podiam criar versões mais fracas dos Saxmana. Ulan, ao fim da guerra voltou a se expandir, mas a passos custosos, exigindo a criação de cada vez mais Tam Naits.aumentando "o preço" e acabando por colapsar a nação que quase unificou Delhkii.

E a aventura começa:
Ulan ainda existe, é uma nação grande e relativamente influente, mas não tem tanto poder e tamanho quanto tinha antes. Vários reinos e principados menores surgiram depois de sua queda, alguns permanecem sobre forte influência do antigo império, enquanto outros são basicamente agora membros da coalizão de Qunchu.

Após o fim da terceira guerra todos os Tam Naits, Tenebrus e Saxmana foram exterminados pelas forças de Qhispikay, ou pelo menos acredita-se que todos.

O continente de Qunchu exceto por algumas ilhas perto de Halag, é de longe o melhor lugar para se morar, seus reinos prosperam, há liberdade para os súditos, não há guerras internas e não há nada que ameace essa paz. Ignis agora também tem uma situação boa também, exceto por também algumas ilhas, perto de Delhkii, os reinos continentais são prósperos e a paz é constante. Já Udara contempla faz tempo o completo caos. Guerras internas intermináveis reduziram o continente a um matadouro de dimensões colossais. As únicas regiões seguras são entrepostos guardados por soldados da coalizão Qunchu, mas atualmente mesmo essses não estão dando conta de enfrentar as forças caóticas que surgem nessa terra perdida.

Enquanto isso Delhkii está se recuperando, há crises e escândalos, de vez em quando algumas rebeliões e guerras entre pequenos reinos, mas de modo geral está se recuperando. Ou melhor, estava. Um dos senadores de Ulan deu um golpe de estado e se proclamou novo imperador. Ele começou a promover pequenas invasões em nações vizinhas para recuperar a zona de influência do antigo império Ulan. Boatos dizem que ele na verdade é um Tam Nait...

VOCÊ é um nobre de um pequeno principado em Udara, você teve que fugir quando viu seu lar ser invadido pelo exército Dosa, uma força misteriosa e implacável que surgiu em seu continente e que está deixando um rastro de destruição nunca visto antes.

Você recebeu asilo de um nobre de Thal, mas não consegue parar de pensar no que pode ter acontecido com seu povo e quantos mais precisarão sofrer até que alguém tome alguma atitude para acabar com as desgraças de Udara...